segunda-feira, 13 de março de 2017

Zephyrus

Guia-me
E me leva por onde tua brisa for
Me leva leve,
Me venta e me inventa,
Reinventa o meu viver
E envivece minha alma com teu sopro
Faz florescer o pensamento meu,
Leva para longe o que me prende os pés,
Sopra gentil em meus ouvidos as respostas
Quando confuso estiver
E quando a alegria me visitar,
Que dance comigo ao luar,
Sopra teus cuidados ao teu filho,
Acaricia os meus cabelos
Como faria a Primavera
Após esperá-la, deitado em sua terra
Durante o longo e frio inverno,
Sopra a chama que acende
E ascende a alma minha
A leva aos céus, quero tocar as nuvens,
Gentilmente abraçá-las até que esvaeçam,
Atravessá-las até que seja uma delas
E descobrir em cada sopro dentro de mim
Os jardins que nem eu mesmo conhecia,
Os céus que diante de mim se estendem
Somente na tua presença
Sopra o meu caminho pelo Oeste
E cobre de folhas verdes o meu corpo,
Enfeita com flores os meus cabelos
E mesmo na chuva e na tempestade,
Quando frio é o vento
Hei de me erguer em teu nome
E oferecer a ti as honrarias que de mim partem,
A gratidão, doce fruto,
Que ofereço aos pés da grande árvore
Será singelo símbolo de minha afeição
E falem as línguas, julguem os olhares,
Tendo em mim a tua presença,
Tendo em mim a luz da Lua
E tendo em mim a energia
Seguirei pelos ventos
Regido pela primavera
Pois eu, o filho da Lua,
Sou a mão de meu próprio destino.

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